Gosto de ti desesperadamente:
dos teus cabelos de tarde onde mergulho o rosto,
dos teus olhos de remanso onde me morro e descanso;
dos teus seios de ambrósias, brancos manjares trementes
com dois vermelhos morangos para as minhas alegrias;
de teu ventre - uma enseada - porto sem cais e sem mar
- branca areia à espera da onda que em vaivém vai se espraiar;
de teu quadris, instrumento de tantas curvas, convexo,
de tuas coxas que lembram as brancas asas do sexo;
- do teu corpo só de alvuras - das infinitas ternuras
de tuas mãos, que são ninhos de aconchegos e carinhos,
mãos angorás, que parecem que só de carícias
tecem esses desejos da gente...
J. G. de Araujo Jorge
2 comentários:
O amor com suas razões que nos faz perdemos a razão.
beijooo.
Razões de amor basta um só: AMOR! Lindo lugar que encontrei neste domingo a tarde. Obrigado, Pão de Mel! Beijos...
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